Certo dia, perturbado com as minhas inquietações, consultei o
sábio mestre, perguntando-lhe o que ele entendia por silêncio e invisibilidade.
Olhou-me nos olhos como quem vê o que está para além da linha do horizonte, e
respondeu-me com duas intrigantes perguntas, dizendo: “Meu filho, quantos
surdos conseguem entender aquilo que não queres ouvir? E quantos cegos
conseguem enxergar o que não queres ver?” Simplesmente emudeci, e pude perceber
que a autopiedade e o egocentrismo, muitas vezes nos impedem de ver a miséria
que nos rodeia, e de ouvir o clamor dos que sofrem mais do que nós.
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