quinta-feira, 25 de setembro de 2014

25 Anos Depois

“Você existe como uma flor
Dentro do meu coração
Quero que você me olhe
E aperte a minha mão.
Dá-me a mão, dá-me a mão, dá-me a mão, Deus é amor.
Dá-me a mão, dá-me a mão, dá-me a mão, Deus é amor.
Jesus precisa de nós os dois
Da nossa força e união
Para pregar o evangelho
E anunciar a salvação.”


A longevidade dos anos não foi suficiente para apagar da memória tão glorioso momento, em que eu e o meu violão entoávamos tão melodiosa canção, quando acompanhada dirigias-te para o altar, onde para sempre ficaríamos ligados em santa união.
Gosto muito de chamar-te de princesa, este é o meu novo slogan, e quero que saibas que apesar da singeleza do nosso ato matrimonial (tivemos que improvisar o nosso enxoval, trabalho não tínhamos e dinheiro muito menos para pagar um fotógrafo profissional), o que mais importa é que “25 anos depois, ainda nós os dois”.
Com o passar dos anos pouco mudou, creio que apenas o nosso amor se solidificou. Hoje, pela graça de Deus, trabalho não nos falta, mas dinheiro é sorte que não nos bafejou. O pão de cada dia não nos tem faltado e isso é o quanto nos basta, mas se neste momento quero-te homenagear de novo, tenho que improvisar, e a forma mais económica de o fazer, foi algumas linhas escrever.
Não adianta fazer de conta que tudo tem sido fácil no nosso relacionamento, temos passado por grandes provas, e a dado momento o nosso casamento também tremeu. Gosto muito da tua dinâmica, sempre encontras um jeito de dar a volta por cima às situações. As mais belas rosas colhem-se entre os espinhos e tu és uma delas.
Creio que já conseguimos realizar quase tudo o que humanamente é possível, temos filhos tementes a Deus, casa para habitarmos, meio de transporte e trabalho garantido, no entanto através da segunda estrofe da canção, há uma voz que clama dizendo: “Jesus precisa de nós dois, da nossa força e união, para pregar o evangelho, e anunciar a salvação.”
Nunca senti tão forte o peso de tamanha responsabilidade, não sou pregador de profissão, sulcar a terra e colher o seu fruto é a minha paixão e também o nosso ganha pão. Sou cristão convicto, bom ou mau, só Deus me poderá julgar, mesmo assim atrevo-me a pensar, falar e até escrever tão ousadamente sobre tão majestosa divindade.
À medida que o tempo passa, o desafio torna-se cada vez mais irresistível, para mim é um enorme privilégio, fazer do meu blog, minha tribuna de pregação.
Princesa, mais do que nunca preciso de ti, pregar o evangelho é tarefa árdua, preciso da tua inspiração e cooperação. Amo o meu povo, tu vieste de longe e também a ele te tens dedicado. Não gosto de te ver chorar, mas quando sorris, as lágrimas iluminam o teu rosto e dão cor à minha vida.
Renovo aqui o meu voto matrimonial, por mais 25 anos e até que a morte nos separe. És uma flor plantada no meu coração, preciso muito do brilho do teu olhar, que apertes a minha mão e juntos caminhemos servindo o Deus de amor que abençoou a nossa união.
Amo-te princesa!

Daquele que sempre será teu: António Barcelos

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