quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O segundo grande mandamento

Como devemos amar? A quem devemos amar? Qual a diferença do amor de Deus, e o conceito humano do que isso é?
Roberto Carlos, numa de suas canções, ele diz: que paixão é adrenalina, amor é outra coisa. Mais do que nunca, hoje vive-se debaixo de adrenalina, confunde-se amor com paixão, e quando ela se apaga, na maioria dos casos, não resta mais nada, o amor parece nunca haver existido, prevalece depois a mágoa, o ódio, o rancor, a acusação, a incompreensão, etc.
Segundo as escrituras, só Deus é amor. É um elemento que não faz parte da natureza humana, só amando como Jesus amou, seremos perfeitos em amor. Quanto aos alvos desse amor, Jesus muito nos ensina e o apóstolo S. Paulo muito nos fala de suas características.
No conceito do mestre dos mestres, os inimigos são para se amar, pois são infalíveis companheiros de jornada, carecem de nós para que suportemos suas afrontas, quando nos maldizem, apreciam o nosso louvor, quando nos maltratam, esperam de nós o bem, e quando nos perseguem, as orações dos justos podem muito em seus efeitos. Precisam de nós para que caminhemos com eles a segunda milha, quando nos esmurram o rosto, devemos oferecer-lhes a outra face, afim de que em todas as situações, possamos ser uma oportunidade, para que no último momento possam-se redimir. Agindo assim, seremos tão perfeitos, como perfeito é o nosso Pai que está nos céus.
Se somente amamos os que nos amam, e unicamente saudamos os que nos saúdam, em que somos diferentes dos demais? Devemos proceder como filhos de Deus, recompensando o mal com o bem, porque Ele faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e que a chuva desça sobre justos e injustos.
Em relação aos amigos, creio que os não devemos esquecer, mesmo que se façam presentes somente nas melhores ocasiões.
Quem tem uma esposa, possui um bem precioso, pelo marido deve ser acolhida como dádiva de Deus. Assim como o nosso corpo quando nos causa dor e sofrimento, nós o protegemos e cuidamos, da mesma forma, devemos ter em atenção, aquela que é osso dos nossos ossos e carne da nossa carne. Como retribuição, deve a esposa ser sujeita ao seu marido, como ao Senhor, pois ele lhe foi posto como cabeça, assim como Cristo é o cabeça da igreja.
Honrar pai e mãe, é dever de todo o filho temente a Deus, devem-lhes obediência, porque isto é justo. Acompanhado de promessa está este mandamento do altíssimo, para que tudo lhes vá bem e vivam muito tempo sobre a terra. Aos pais cabe-lhes não provocar os filhos à ira, mas criá-los na sã doutrina e admoestação do Senhor.
Pelos irmãos, devemos estar preparados para dar a vida se necessário for, especialmente por aqueles que nos são irmanados pela fé em Jesus, não os devemos acusar, porque essa é tarefa do diabo, antes devemos levar as cargas uns dos outros, porque assim cumprimos a lei de Cristo, porquanto a todos nos comprou com preço de sangue.
Não quero esquecer o nosso próximo, são todos aqueles já anteriormente mencionados: os inimigos, os amigos, as esposas, os maridos, os filhos, os nossos pais e os irmãos.
Devemos amá-lo como a nós próprios, disse Jesus. Porque este é o segundo grande mandamento, semelhante ao primeiro que diz o seguinte: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Pois, destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas.
Quem pode ser o nosso inimigo? Unicamente o nosso próximo: os amigos, as esposas, os maridos, os filhos, os nossos pais e os irmãos.
Os amigos se atraiçoam, as esposas podem ser infiéis, os maridos podem usar de violência, os pais abusarem de autoridade, os filhos desonram seus pais desobedecendo-lhes e os irmãos podem-se acusar ferozmente. Para além de tudo isto, e por causa do bom nome de Cristo, pais estarão contra os filhos, e os filhos contra os pais; as mães contra as filhas, e as filhas contra as mães; as sogras contra as noras, e as noras contra suas sogras. Assim se cumpre o dito de Jesus: que os inimigos do homem, são os da sua própria família. Alvos de redobrado amor, são todos eles, porque esta é a vontade do Senhor. Quem não ama ao seu próximo, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?
Todo aquele que com amor não procede, é semelhante ao metal que soa, ou como o sino que tine. É apenas um sepulcro caiado, ou uma cana agitada pelo vento, um hipócrita e inimigo de Cristo, que a todos amou incondicionalmente.
O amor é sofredor, é benigno, não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha, e de todos os frutos do Espírito, ele é o maior, contra tal não existe lei.
O que verdadeiramente ama a Deus, nega-se a si próprio, carrega sua cruz, segue fielmente a Jesus, a ninguém é pesado e mostra o Seu amor aos outros.

Disse Jesus: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” João 13:35.