quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ezequiel e o vale de ossos

A mão do Senhor se apoderou do profeta Ezequiel e o transportou em espirito, e o pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos. E o fez andar ao redor deles; e eram mui numerosos sobre a face do vale, e estavam sequíssimos. Então lhe disse o Senhor: “Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel: eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança: nós estamos cortados.” Ez 37: 1, 2, 11.
Se retrocedermos no tempo, e analisarmos todo o historial de Deus com a sua criação, inevitavelmente chegaremos à conclusão que o relacionamento dos dois, quase sempre esteve muito longe de ser um romance. Desde muito cedo o ser humano escolheu desobedecer ao seu criador, afrontando-o seguindo outros deuses, cometendo toda a sorte de abominações. Já desde o Éden, que a criatura decidiu optar pelo lado do inimigo e corrompeu-se de tal forma, que o Senhor determinou pôr termo a tudo quanto havia criado com as águas do dilúvio, selecionando apenas oito pessoas: Noé e sua família, assim como alguns representantes das várias espécies animais. Com estes elementos de novo povoou toda a terra, todos os humanos falavam uma mesma língua e empregavam-se as mesmas palavras até ao momento em que de novo desafiaram o Senhor, construindo uma torre cujo cume tocasse nos céus, ao perceber Deus, que não havia limites para a perversidade humana, decidiu confundir-lhes a língua para que não mais se pudessem entender.
Mais tarde o povo do Senhor foi feito escravo no Egipto e ao presenciar tamanho sofrimento libertou-o com mão forte através do seu servo Moisés, ao caminhar pelo deserto prevaricaram, cometendo todo o tipo de abominações: “murmuraram contra Deus, prostituíram-se e inclinaram-se perante um bezerro de ouro, por tudo isto, toda uma nação pereceu no deserto à exceção de Josué e Caleb e a geração nova.” Nm 14: 30, 31.
Depois que o povo hebreu se estabeleceu na terra prometida, os atritos foram sempre constantes, usando Deus sempre de todos os recursos possíveis e imaginários, desde juízes, profetas, reis, sacerdotes e por fim o seu próprio Filho para reconciliar o mundo consigo próprio.
No tempo do profeta Ezequiel, o povo havia chegado ao mais baixo nível, ao ponto de Deus o classificar de ossos secos, estavam pior que mortos, já não tinham carne, não tinham nervos nem pele e muito menos espírito, e até mesmo os ossos estavam todos misturados.
No meio da visão o Senhor embaraça o profeta com esta pergunta: “Filho do homem, poderão viver estes ossos?” Desconcertado ele responde: “Senhor Jeová, tu o sabes.” Ez 37:3.
Em termos comportamentais, o que se poderá pensar também da igreja através dos séculos até aos nossos dias? Infelizmente sua capacidade de resposta em relação a tudo o que o seu Senhor tem feito por ela deixa muito a desejar. Já o apóstolo S. Paulo teve sérios problemas com a igreja de corinto, escrevendo o seguinte: “Geralmente se ouve que há entre vós prostituição, e prostituição tal, qual nem ainda entre os gentios, como é haver quem abuse da mulher do seu pai.” I Cor 5:1. “Nisto porém, que vou dizer-vos, não vos louvo; porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior.” I Cor 11:17. “ Não sabeis que os injustos não hão-de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores, herdarão o reino de Deus. E é o que alguns têm sido…” I Cor 6:9-11.
No tempo do profeta Ezequiel o povo de Israel estava disperso e em cativeiro por causa de suas abominações contra o Senhor Deus, embora fossem religiosos, o fruto de sua conduta espiritual era mau.
Enganamo-nos ao pensar, que o simples facto de sermos religiosos fervorosos isso é o quanto basta para se agradar a Deus. Ele não se ilude com nossa aparência, exige de nós verdade e coerência com sua santa palavra.
A nação de Israel é representada ao profeta por um vale de ossos secos. Hoje a igreja, que é o povo de Deus, como classifica-la, quando sua conduta é oposta à vontade do seu Senhor?
Não quero ser juiz de maus pensamentos, mas gostaria que se fizesse uma análise imparcial à igreja do nosso tempo, para vermos se de facto ela também não se encaixa no mesmo vale de miséria. Tem aparência de que vive, mas está morta, por cometer também toda a sorte de abominações, quer por palavras, quer por ações. O povo anda errante, guiado por falsos profetas, que só falam mentiras ou aquilo que agrada aos ouvidos. Fico deveras impressionado ao pensar, como é possível, num mundo tão informatizado, haver tanta falta de formação moral, assim como espiritual.
Num dos textos de ouro das escrituras lemos o seguinte: “Porque Deus amou o mundo, de tal maneira, que deu o seu Filho único, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. Isto significa, que Deus do melhor que possuía dedicou sem reservas e incondicionalmente ao mundo. No entanto como retribuição, aquele que é chamado de vigário de Cristo na terra, dedica a humanidade a Maria. Jesus é sacrificado em nosso lugar por causa dos nossos pecados, mas é Maria quem recebe os louros.
Disse Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14:6. Mais uma vez Maria é elevada, e fazem dela medianeira e corredentora.
Ignoram desta forma o escrito de S. Paulo que diz: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tm 2:5.
Não quero de forma alguma subestimar os méritos de Maria no seu tempo, simplesmente hoje está deslocada no tempo e no espaço, e estou certo que se de alguma forma ela pudesse intervir, poria fim a tanta mariolatria, e proferiria novamente estas palavras: “Fazei tudo quanto Ele vos disser.” João 2:5 e somente o que Ele disser.
O facto de Maria ter achado graça diante de Deus, isso não nos dá o direito de lhe conferirmos atributos que só ao Filho de Deus compete, disse Ele: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.” João 3:13.
A igreja quando ignora as escrituras, cai nestes erros crassos de inventar deuses e criar dogmas que se tornam abominações perante o Criador do universo.
Quanto às igrejas reformadas, também entre elas não há senso comum, é da praxe seus fiéis membros usarem uma Bíblia, mas seus líderes proferem dos púlpitos indesculpáveis erros doutrinários, reivindicam para si a posse do Espírito Santo e os dons espirituais, desvirtuam os santos sacramentos, e da palavra que é espírito e vida, reduzem-na a um mero código de boa conduta moral e espiritual. Em termos escatológicos especula-se induzindo os fiéis em erro.
Estou certo de que a Igreja da era moderna é bem representada pelo vale de ossos. Uma igreja que assim procede está ressequida, pois o espírito do Senhor se ausentou. Quero salientar que o Israel do tempo de Ezequiel nos leva vantagem, já tinham chegado ao ponto de reconhecer, que por causa de suas abominações estavam cortados.

A igreja do Senhor necessita de reconhecer seu estado lastimável de abominações, idolatrias, heresias e dogmas forjados, para que Deus se compadeça e lhe dê o seu Espírito de vida, para que no dia derradeiro não sejamos todos cortados.


sábado, 5 de julho de 2014

A voz dos que vivem na sombra

Certo dia fez Jesus um amistoso convite, dizendo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” Mt 11:28
Apesar da aparente abrangência, o convite é muito restrito e selectivo. Quando Jesus usa o termo, todos, ele apenas refere-se aos cansados e oprimidos e não a todo o género humano, pois existe sempre aquela casta de fariseus, que confiam em si mesmos, crendo que são justos, que não se cansam de exibir suas virtudes e dons, têm tanto para dar que de Deus nada precisam receber, no entanto desprezam os outros.
É certo que o meigo Mestre, em seu discurso não está a referir-se ao natural cansaço de um árduo dia de trabalho, nem da opressão normal das circunstâncias da vida. O Filho de Deus encarnou-se para levar sobre si as nossas dores e iniquidades, libertar-nos do pecado e do diabo, vencer a morte e o inferno, ser a voz dos que vivem na sombra e a todos dar a vida eterna.
Jesus tinha uma sensibilidade, toda ela especial para lidar com os que viviam na sombra, vítimas de preconceito e escrúpulo, eram marginalizados e considerados imundos. Para estes o dócil Senhor sempre tinha uma palavra amiga, confortadora e portadora de vida. Nunca foi seu propósito, esmagar a cana quebrada nem apagar o pavio que fumega, antes pelo contrário, quando alguém lhe clamava, ele perguntava: “Que queres que te faça?” quando abordado por um leproso disse-lhe: “eu quero que fiques limpo.” Ao ver um paralítico em dificuldade perguntou-lhe: “queres ficar são?” Depois de tudo isto o que mais me impressiona é quando Jesus caminhando apertado pela multidão, ele consegue distinguir o delicado toque de uma mulher que há muito tempo sofria de um fluxo de sangue.
Os habitantes de sombra apenas conhecem um slogan favorito: “Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós.” Lc 17:13.
Não vou alongar-me com o meu discurso, pois desta vez tenho em mãos, um texto de autor anónimo, cujo conteúdo pode parecer revoltoso contra Deus, não se escandalizem, há revolta sim, mas contra aqueles que acham que amam a Deus e que no entanto aborrecem o seu próximo, o mesmo pode também muito bem representar o clamor de todos quantos vivem na sombra em nossos dias, vítimas de preconceitos e religiosidade aparente, baseada apenas em rituais domingueiros.

“Perdoem-me se estas palavras se vão tornar, de certa forma ofensivas, mas preocupa-me o facto de haverem pessoas mais ocupadas em apontar os pecados dos outros, esquecendo-se que Deus irá pedir contas dos seus pecados e não do que elas sabem do pecado dos outros. Mas, já que se usa da liberdade para expressar opiniões via redes sociais, porque se está nesse direito, eu também vou expor a minha.
Eu não vou nomear uma lista de pecados abomináveis perante Deus e, especialmente, perante Cristãos que se dizem conhecedores da Bíblia. Aliás, acho que os Cristãos se demonstram muito mais constrangidos com certos “pecados” que o próprio Deus, o único que pode julgar tais questões. Além do mais, é irrelevante nomear pecados, até porque, perante Deus, não há pecado maior ou menor, pelo que só gastarei “o meu latim” se tentar ordená-los. E nem me vou dar ao trabalho de rebater o que quer que seja com versículos bíblicos. Basta ver que o próprio Jesus foi tentado com a Palavra de Deus. E, já que o Diabo também usa a Palavra para conseguir o que quer, eu vou aproveitar para dar voz à minha humanidade e Jesus, melhor que ninguém, para compreender, porque Ele já esteve no meu lugar.
Fico com a sensação que o Cristianismo tem-se tornado como aquele que se diz ser humilde mas, que ao dizê-lo, deixa de o ser, visto que, quem é humilde, não tem necessidade de clamá-lo aos quatro ventos.
Há coisas que não dizem respeito à curiosidade alheia. Eu não admito, por exemplo, que opinem sobre a minha conta bancária. Aliás, nem o meu melhor amigo me diz o dinheiro que tem em conta, e eu a ele! Assim como eu espero não vir a descobrir que há pessoas interessadas em bisbilhotar o que faço ou deixo de fazer entre quatro paredes. Desde que a minha liberdade e privacidade não interfira com a do meu vizinho, o sentir-se incomodado tem mais a ver com a falta de respeito e, com certeza, com ideias pré concebidas que, normalmente, estão longe de ser verdade.
Não adianta virem bater-me na cabeça com uma Bíblia na mão. Isso mais parece exorcismo e, como disse acima, é tal e qual um arrogante que se diz humilde.
Quando se questionam certas situações que põem em causa a ética, há que não menosprezar outras situações quando se diz que Deus não comete erros. Ora, vejamos. Deus não comete erros. No entanto, há bebés, gémeos, que nascem ligados pelo tronco ou pela cabeça. Bem, Deus não comete erros, e deixar que a Ciência interfira na obra de Deus é o mesmo que dizer que Deus comete erros. Por isso, nem vale a pena tentar consertar aquilo que Deus não errou! Se uma das vidas estiver em risco, ou ambas, deixem-nas morrer. Afinal de contas, Deus não comete erros e, se for da vontade de Deus, eles sobreviverão, embora, por muita fé que eu tenha, não me pareça que, tendo sobrevivido, Deus as vá separar! Havendo possibilidade de um deles sobreviver, ou ambos, mas com intervenção cirúrgica, e sendo impossível fazê-lo, porque Deus não comete erros, pergunto-me quem será tido por responsável, caso não sobrevivam!
Mas, vamos imaginar que esses bebés têm condições para viverem ligados. Bem, Deus não comete erros e, ao que parece, a qualidade de vida é uma questão menor, comparada com a questão física, que, ironicamente, é base para todos os equívocos da aparência! Ora, sendo seres humanos “normais”, que todos o dirão para que não se sintam diferentes dos demais, penso que é de esperar que essas crianças, tornando-se adolescentes e, depois, adultas, terão que partilhar cama, refeições, idas à casa-de-banho (não me perguntem como seria, caso fossem de dois sexos diferentes em casas-de-banho públicas!), idas a concertos versus estar em casa, etc. E, já que são pessoas normais, também é de esperar que ambas, ou, pelo menos, uma delas, se apaixone. Enquanto todos os outros, que dizem que esses dois seres são iguais a eles, porque razão uns têm direito a uma dignidade e a serem felizes e outros não? Será que, neste caso, deverão partilhar namorados e namoradas e, quem sabe, ter sexo na mesma cama a quatro? Ou seremos nós capazes de lhes impingir o não-amor e a não-realização só para que não infrinjam os tais “mandamentos de Deus”? Sim, porque Deus não comete erros e acender a luz no fundo do túnel para estas pessoas é impensável, porque é o mesmo que dizer que Deus é incapaz.
A vivência neste Planeta também nos tem permitido ver que há pessoas que nascem com dois sexos, os tais hermafroditas. Bem, mais uma vez, Deus não comete erros, e Ele criou Homem e Mulher à sua imagem. No entanto, devido a alguma aberração da Natureza, há seres humanos (ou serão outra coisa?) que nascem com duas genitálias, pelo que se torna difícil definir. Mas, como Deus criou Homem e Mulher, até à bem pouco tempo, nestas situações, os pais podiam decidir qual o sexo da criança. Na maioria dos casos, a genitália que aparentasse ser a mais prevalecente, seria a escolhida. Provavelmente, nesta situação, muitos Cristãos abririam uma excepção ao “Deus não comete erros” e, já que Deus criou Homem e Mulher à sua imagem, a Ciência pode interferir. Engraçado como, para estas coisas, os pais tenham poder de decidir se uma criança é menino ou menina, mas no caso da salvação pelo Baptismo, eles não tenham esse poder de decisão! Sim, porque hoje em dia, no caso do hermafroditismo, já se permite que a criança, uma vez adolescente ou adulta, decida a qual dos sexos pertence. Ora, quando ainda os pais decidiam o sexo do seu filho, houve casos em que o género do cérebro e o sexo físico não combinavam, levando estas pessoas à loucura, depressão e má qualidade de vida por não se identificarem com o género físico.
Deus não comete erros! E, no entanto, milhares de crianças continuam a nascer e a morrer à fome em África. Se Deus não comete erros, sabendo Ele que é incrivelmente difícil sobreviver em África, porque continua Ele a permitir que nasçam crianças lá?
Deus não comete erros. E, no entanto, continuam a nascer crianças deficientes que alteram por completo o sistema familiar de um grupo, para que esse novo ser se possa adaptar e ser o mais autónomo possível. Espera! Deus não comete erros. Portanto, todas as soluções criadas pela Ciência não são para ser aplicadas.
Deus não comete erros. Há uma séria de transformações genéticas que reproduzem alterações no desenvolvimento. A acção do ser humano tem providenciado isso, o que me leva a crer que, afinal, a culpa é nossa. Continuam a nascer crianças com doenças congénitas, outras com sérios obstáculos na interacção com os seus semelhantes, etc. Basicamente, só quem está lá é que sabe. Não podemos julgar a forma como uma pessoa tenta resolver uma situação, muito menos pôr em causa a sua fé se ela, na sua honestidade, tenta fazer o seu melhor, enquanto outros pregam, e até praguejam, em nome Deus e de todos os santos possíveis e imaginários para que essa pessoa se redima. Às tantas, ela é a única pecadora e não sabe! Mas, espera. Deus não comete erros. O ser humano os comete. Ah, pois! Mas Deus escreve recto sobre linhas tortas! E, então? Anda o cão atrás da cauda, pois é!
E esqueçam essa ideia de paninhos quentes de quando dizem que amam o pecador, mas odeiam o pecado. Quem és tu, pecador, para me dizeres a mim, pecador, que me amas, mas odeias o meu pecado? Serão os teus pecados menores que os do teu próximo? Não será ele responsável pelos seus pecados e tu pelos teus? Porque é que, em termos humanos, tu que nasceste “normal”, que dizes tratar o outro por “igual”, tens o direito de te apaixonares, amares, casares, teres filhos e morrer rodeado da família que tu criaste? (Sempre se pode sonhar!) Ou deverá o outro negar-se, fazer de conta que ama quem escolheu para formar família, achando que isso não irá afectar os demais, mesmo que eles não o saibam? Terão eles culpa do resultado da sua negação? Ou deverá ele negar que sente afecto por alguém, negar a vontade de constituir família, enquanto outros têm o conforto do seu lar? Espera! É perversão? É perversão amar? É muito fácil dizer ao outro que se negue a si mesmo e que carregue a sua cruz. Jesus disse-o, mas quem és tu para o dizeres ao teu próximo? Não terás tu que te negar a ti mesmo e carregar a tua própria cruz? Porventura, te compadecerias do teu próximo e negarias a tua família, casa e lar para que ele não seguisse esta caminhada sozinho? Se ser-se quem é for pecado, hipocrisia não o será também? Mas, se ambos são pecados, e ele não pode deixar de ser um sem que se torne no outro, não poderá ele decidir com qual deles conviverá melhor para o resto dos seus dias? Porque a consciência é dele, e a sua fé só a ele lhe diz respeito e a Deus. Caso contrário, a única solução é a morte, se é que a negação já não é, por si só, a anulação do próprio.